O projeto STVgoDigital esteve em grande destaque no Modtissimo, onde apresentou os mais recentes desenvolvimentos nas soluções inovadoras desenhadas nos vários PPS.
Entre os dias 15 e 16 de fevereiro, na EXPONOR, ocorreram diversas demonstrações das plataformas desenvolvidas no âmbito do projeto, em prol da digitalização do setor têxtil e vestuário.
O PPS1, ID Sustentável e Circular 4.0, que tem como objetivo desenvolver uma cópia digital do produto com ênfase na vertente da sustentabilidade e da circularidade, lançou um quiz com o objetivo de analisar a perceção do consumidor relativamente a questões de sustentabilidade e rastreabilidade têxtil.
O PPS2, Cadeia de Abastecimento 4.0, trouxe demonstrações das plataformas criadas, nomeadamente dos dois pilotos desenvolvidos (piloto têxteis-lar, da LASA e piloto vestuário, da CONFETIL), onde foram desenvolvidos 2 ERP, juntamente com um portal de subcontratados.
O objetivo é que um pedido de encomenda vá diretamente de um sistema informático (ERP) para outro. Deste modo, é possível compreender o estado da encomenda, apenas através da consulta desta plataforma. A solução está disponível para os mesmos ERP, para diferentes ERP ou, até mesmo, para empresas de pequena dimensão que não tenham sistema informático. É possível então, com esta inovação, atualizar toda a informação sobre a encomenda através de um portal, digitalizar todo o processo, disponibilizar a informação e aplicar em todos mercados – pois foi desenvolvido num referencial internacional -, e é uma poupança de tempo para todos os intervenientes.
O PPS3, Ecossistema da Moda 4.0 (PPS3), esteve presente com as duas vertentes a ele associadas, uma delas com o desenvolvimento da plataforma ARTNETIC, ma plataforma que pretende conectar artistas, fabricantes e retalhistas, que esteve em grande destaque com a sua apresentação nas iTechStyle Talks, por Manuel Gonçalves e Jorge Gonçalves, no segundo dia do Modtissimo. A plataforma ARTNETIC não é uma ferramenta tradicional, ela nasce da própria arte, pertence aos artistas que querem fazer a industria da moda triunfar. É o criar de uma comunidade.
Dentro do PPS3 temos também a área da micro- fábrica, representada através de uma serie de dispositivos medidores que permitem identificar potenciais situações de risco ou de alerta para prevenir o utilizador e para que, caso necessário em caso de uma situação de perigo possa ser acionado.
Para além do Smart-Hub, que foi desenvolvido com o objetivo de ser uma unidade central de aquisição e pré-processamento de dados do trabalhador, estiverem também em exposição o Modulo Máquina (que pretende avaliar fatores como a temperatura, humidade e poeiras são determinantes para a estabilidade do de diferentes processos produtivos), o Módulo Ambiente + Coordenador (que monitorizam a saúde e bem-estar dos trabalhadores que operam em ambiente industrial) e o SmartWatch (permite avaliar níveis de stress, sedentarismo, frequência cardíaca, numero de passos por dia, entre outros).
O PPS4, Trabalhador 4.0, levou para o Modtissimo um Exosqueleto robotizado, cruzando disciplinas como a ciência dos dados e a robotização, construído em base têxtil, flexível, vestível e ativo, que se adapta ao corpo e aos movimentos realizados, de forma a não perturbar os movimentos inerentes às operações de costura para a melhoria dos movimentos ergonómicos e do desempenho das costureiras, garantindo um aumento da sua força, velocidade e resistência. Foram várias as demonstrações ao longo dos dois dias que captaram a atenção dos visitantes.
O PPS5, Inteligência Artificial 4.0, teve em exibição o segundo piloto desenvolvido, um sistema que deteta situações de defeito em geometria, qualidade e na confeção dos produtos. Este PPS considera que para acelerar o desenvolvimento do uso das tecnologias de inteligência artificial do setor, as pequenas e médias empresas devem ter acesso a ferramentas e serviços, com soluções testadas com vista a automizar e digitalizar os seus processos produtivos.
Assim, o projeto apresentou-se na Modtissimo com vários desenvolvimentos práticos que seguramente vão marcar o processo de transformação digital do STV.
O projeto STVgoDigital, tem como promotor líder a TMG, sob a coordenação técnica do CITEVE e o consórcio reúne 23 entidades, dividido entre 16 empresas e sete entidades de I&D, que durante três anos, entre 2020 e 2023, estão empenhadas em levar a bom porto este grande desafio de digitalização do setor têxtil e vestuário